Leila Lória apresenta os desafios da agenda ESG no mundo corporativo
A professora convidada da quarta aula ao vivo foi Leila Lória, presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Saiba mais sobre o encontro.
A partir da temática “Governança e inovação em tempos de ESG”, Leila Lória comandou a edição de abril da Aula Ao Vivo FIA Online. Ex-presidente do Conselho de Administração do IBGC, a executiva trouxe para o debate aspectos anteriores e atuais a respeito da agenda ESG no mercado corporativo, apresentando os desafios dos conselheiros sobre a pauta e sua visão de conselhos para o futuro.
“Antes a gente discutia por que e como cuidar do meio ambiente. Hoje, como fazer mais rápido.” Assim, a executiva descreveu a mudança de preocupação dos conselhos de administração de empresas, explicando outras mudanças. “Primeiro, na composição dos conselhos, com olhar para temas sociais e ambientais. Depois, entender que é menos apresentação e mais conversa dinâmica.”
A partir de sua experiência, afirmou que não existem mais conselhos com a postura de ter uma reunião por mês. Agora os conselhos são mais atuantes e próximos dos negócios. “Se as empresas e as pessoas não cuidarem da urgência climática, não teremos planeta para as próximas gerações. É isso que deve estar no centro da estratégia dos negócios.”
Essa relação entre conselheiros e executivos responsáveis pela gestão empresarial, conforme pontuou Leila, evoluiu muito. “O mapa de risco de uma companhia é muito mais complexo hoje. Têm riscos cibernéticos, de talento humano, reputação e questões ambientais”, justificou, apontando parte dos desafios da governança atual.
Parte de toda essa transformação foi impulsionada pelos investidores. Segundo Leila, eles não colocam dinheiro em conselhos sem diversidade, e empresas sem programas de proteção ao meio ambiente ou de diversidade racial em cargos de liderança, por exemplo. “Investidores são mais ativistas”, completou, explicando que entre os papéis dos conselhos está garantir que os relatórios sejam transparentes.
Em relação aos conselhos do futuro foi categórica: têm que ter multidisciplinariedade, propósito, condução sem vieses e preconceitos. Devem perder o medo de errar, conhecer e saber como a tecnologia pode alavancar os negócios, e pensar de forma mais ampla incluindo a cadeia de produção. “Os conselheiros, assim como os demais profissionais do mercado, devem ser lifelong learner”, concluiu.
Aproveitou para aconselhar aqueles que desejam trabalhar como conselheiros. É importante se aprofundar em setores distintos desde a vida executiva, pois auxilia na vida de conselheiro mais tarde. Ainda, independentemente do cargo que ocupar, esteja próximo de quem está no dia a dia da operação. “O papel do conselho é fomentar, incentivar, dar os recursos para que projetos aconteçam”, disse, explicando que isso só será possível com experiência.
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