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Business agility: é preciso ativar a agilidade nos negócios

 

Em um mundo cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo, as organizações precisam responder de forma ágil e eficaz para abraçar oportunidades e combater ameaças.  

 

 

Para enfrentar esse cenário, muitas empresas estão apostando no Business Agility como competência estratégica para garantir o futuro. 

 

Mas antes de abordarmos mais sobre este tema, é preciso entender a que nos referimos quando utilizamos o conceito de agilidade.  

 

Quando tratamos de negócios, ser ágil não significa ser rápido. Enquanto ser rápido consiste em fazer algo em pouco tempo, ser ágil está relacionado à busca constante por entregar valor ao cliente em curtos ciclos de trabalho.  

 

Como define o escritor Stephen Denning, autor do livro The Age of Agile, "agilidade é mentalidade". Mais do que uma metodologia, agilidade é sobre trabalhar de forma inteligente, gerando impacto com menos trabalho. 

 

O que é Business Agility? 

Com esse esclarecimento, torna-se mais fácil compreender o conceito de Business Agility, um modelo que vem sendo considerado cada vez mais estratégico no mundo corporativo. 

 

Business Agility (em português, Agilidade nos Negócios) nada mais é do que a capacidade de uma organização antecipar processos, promover mudanças e adaptar-se, visando aproveitar oportunidades e responder aos desafios do futuro.  

 

Em outras palavras, estamos falando da habilidade de um negócio usar da sua inteligência para acelerar a entrega de soluções que atendam às necessidades do cliente. Consequentemente, são essas mesmas soluções que irão garantir a sustentabilidade da empresa, frente às incertezas e transformações do mercado. 

 

O avanço do Business Agility 

business agility - agilidade nos negócios

 

Ainda que o modelo tenha conquistado projeção global a partir dos anos 2020, considerados por muitos a “era do Business Agility”, é importante entender que ele é parte de uma transformação que vem acontecendo há, pelo menos, duas décadas. 

 

A publicação do Manifesto Ágil, em 2001, foi o marco inicial para a construção dessa mentalidade. Criado por desenvolvedores de software, o texto reuniu os princípios para otimizar processos, melhorando o trabalho das empresas e aumentando resultados. 

 

A partir disso, surgiram também os primeiros frameworks. Logo, passou a ganhar visibilidade no mercado a ascensão de startups e negócios com base tecnológica, que adotavam a metodologia ágil. 

 

Assim, tornou-se evidente que a agilidade enquanto mentalidade não deveria se restringir à área de TI, e sim impactar todo o negócio. Foi dentro dessa perspectiva - que engloba Design Ágil, Marketing Ágil, RH Ágil, etc. - que surgiu o Business Agility Model. 

 

Desafios e cenário da transformação ágil para empresas 

O estímulo à inovação e o avanço na transformação digital, bem como a corrida para atender às demandas dos consumidores, colocam empresas e lideranças diante de um dilema crescente: adaptar processos e operações em curto prazo, ao mesmo tempo que precisam descontruir alinhamentos e disseminar uma nova mentalidade na cultura organizacional. 

 

A pesquisa Business Agility Transformation, desenvolvida pelo IDC Custom Solutions em parceria com a Accenture, ouviu mais de 200 empresas no Brasil, para traçar um panorama da transformação ágil. Como resultado, identificou que cerca de 55% das companhias participantes relataram manter alguma iniciativa de Business Agility. 

 

A necessidade de adaptação às novas práticas do mercado, conforme o estudo, é o principal motivador para que as empresas adotem essa estratégia e deem início à sua jornada de transformação ágil. 

 

O relatório mostra, ainda, que o C-level exerce papel-chave na liderança de implementação estratégica da agilidade. Os CEOs aparecem como a figura com maior participação nesse processo (50%), seguidos dos CTOs (38%). 

 

A pesquisa também mapeou os benefícios e resultados para organizações. Para mais da metade das empresas participantes, as vantagens podem ser mensuradas através do cumprimento de metas estratégicas, da otimização de recursos, capacidade de inovação, aumento do nível de satisfação do consumidor (NPS), geração de receita, entre outros fatores. 

 

Leia também O impacto da cultura ágil nas organizações e os riscos da banalização.

 

Vale lembrar que as organizações que adotavam modelos operacionais voltados para a agilidade antes da pandemia de covid-19 obtiveram melhores resultados e vantagem competitiva diante da crise causada após a doença. Hoje, estão mais bem posicionadas no mercado para aproveitar as oportunidades da retomada econômica. 

 

Para os negócios que nasceram na era digital, o cenário é ainda mais favorável, uma vez que muitos são organizações ambidestras. Ou seja, conseguem atuar em um cenário estável, realizando melhorias incrementais, ao mesmo tempo em que pesquisam e buscam inovações disruptivas. 

 

Em resumo, tornar a mentalidade ágil parte da cultura organizacional passou a ser questão de sobrevivência para aqueles que desejam manter a competitividade. 

 

Lideranças em Business Agility

Para avançar nessa jornada, as lideranças exercem função essencial. Por isso, devem estar atentas para proporcionar a estrutura e os processos necessários para que a agilidade se torne realidade. À Exame, a CEO da Falconi, Viviane Martins, compartilhou algumas dicas para ajudar a aplicar o Business Agility nos negócios. 

 

A primeira delas é: comece a mudança fazendo. Ela lembra que preparar um grande plano rumo à agilidade é exatamente o contrário do que se espera de uma empresa ágil. Nessa jornada, cada movimento, mesmo que pequeno, irá contribuir para abrir caminhos para uma nova mentalidade. 

 

A segunda consiste em integrar os movimentos que partem da liderança e reverberem nos times, e aqueles que ocorrem dentro de algumas equipes e inspiram as demais. Essa integração, na percepção de Viviane, é de grande importância para abrir espaço para a agilidade. 

 

Somado a isso, os líderes devem buscar criar espaços de experimentação, onde os times possam protagonizar a transformação. Mas, para isso, é necessário comunicar de forma intensa a ambição, hipóteses e visão de futuro da companhia, para que se possa compreender a razão do movimento rumo ao modelo ágil. 

 

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