O debate sobre etarismo, preconceito baseado na idade da pessoa, vem ganhando espaço na imprensa, nas redes sociais e também no mundo corporativo. E, para as mulheres, esse tipo de discriminação surge como mais uma barreira a ser superada para permanecer atuante no mercado de trabalho.
Segundo a pesquisa Global Learner Survey, elaborada pela Pearson em parceria com a Morning Consult, o preconceito e a discriminação são pontos de dificuldade para 74% das mulheres na hora de buscar oportunidades de emprego. E para 65% delas, o etarismo tem prioridade entre as questões a serem combatidas.
Ao todo, o estudo ouviu cerca de 6 mil mulheres nos Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, México, Índia e China. Entre as brasileiras, 87% declararam que recebem menos oportunidades do que os homens no ambiente corporativo. A preocupação delas é que gênero e idade sejam barreiras na carreira.
Na contramão desse cenário e alinhadas às tendências do mundo do trabalho, algumas empresas começam a reavaliar o espaço destinado às profissionais mais maduras e que não têm interesse em aposentadoria.
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Historicamente, a carreira feminina é afetada pela maternidade. Conforme pesquisas, 50% das mães permanecem fora do mercado de trabalho até dois anos após o nascimento do filho. No envelhecimento, elas precisam lidar não apenas com as mudanças hormonais, mas também com os estereótipos associados à idade.
Um levantamento realizado pela consultoria Robert Half, em 2019, apontou que 69% das empresas não contratavam pessoas com mais de 50 anos. Os motivos para excluir profissionais dessa faixa etária envolviam altos salários, conhecimento desatualizado, pouca flexibilidade em relação a horários e possibilidade de conflito de gerações.
Desde então, no entanto, a realidade vem mostrando casos de empresas que apostam nas habilidades, competências e diferenciais desses profissionais. Para isso, investem na promoção de ações específicas com foco em inclusão.
A multinacional Accenture, a empresa de recompensas Livelo e a empresa de soluções em pagamento Credicard são algumas das empresas que mantêm programas de contratação voltados especificamente para o público com mais de 45 anos.
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O fato é que a diversidade se tornou fator incontestável para o estímulo à criatividade, à produtividade e à inovação. Além disso, manter profissionais com esse perfil nas organizações pode ser uma alternativa para lidar com o déficit de mão de obra especializada que acontece em algumas áreas.
Somado a isso, o envelhecimento da população deve estimular cada vez mis empresas a repensarem suas práticas e abrirem espaço aos profissionais com mais de 50 anos, ou 50+, em seus quadros.
Atualmente, eles representam 26% da população brasileira, segundo pesquisa realizada pela consultoria Ernst & Young, juntamente com plataforma Maturi, focada em empregos e desenvolvimento de profissionais 50+. Até 2040, a expectativa é que mais de 57% da força de trabalho do País tenha mais de 45 anos.
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