Greenwashing x Greenhushing: conheça e entenda a diferença entre os dois termos
Entenda a diferença entre os dois conceitos que definem comportamentos que não condizem com as boas práticas de sustentabilidade.
A sustentabilidade é uma pauta urgente na sociedade e passou a ser discutida com mais vigor no ambiente corporativo. As empresas entenderam que os novos clientes se importam – e muito – com a causa ambiental e passaram a consumir de marcas que também se preocupam e possuem estratégias neste sentido.
De acordo com estudo divulgado pela Kantar, 56% dos entrevistados não compra produtos e serviços de companhias que não investem em sustentabilidade, ao mesmo tempo em que 67% acredita que as organizações precisam se responsabilizar e implementar ações que contribuam para a resolução dos problemas climáticos. Outra pesquisa feita pela EY mostrou que 46% dos consumidores estão dispostos a gastar mais para adquirir produtos confeccionados com base em processo sustentáveis.
Em contrapartida, com a popularização do tema surgiram dois conceitos que passaram a definir comportamentos que não condizem com as boas práticas de sustentabilidade: Greenwashing e Greenhushing.
O que é Greenwashing?
O termo, que pode ser traduzido como "lavagem verde", é utilizado para definir os atos de empresas que iludem o consumidor no que diz respeito ao seu compromisso ambiental. Isso significa que tais companhias realizam algumas ações "verdes" com a intenção de incorporá-las em suas estratégias de marketing, quando, na verdade, a maior parte de seus processos de produção e distribuição não incorporam princípios sustentáveis.
O que é Greenhushing?
O silêncio sobre a implementação de procedimentos em prol da sustentabilidade é o que define o Greenhushing. A expressão foi utilizada pela primeira vez pelo Treehugger, um dos sites mais importantes sobre assunto, em 2008 e engloba organizações que não divulgam suas metas verdes por receio de serem cobradas caso não as cumpram.
A preocupação por trás do Greenwashing e Greenhushing
Especialistas no assunto acreditam que a falta de transparência das companhias que praticam Greenwashing e Greenhushing atrapalha um trabalho muito importante: o de fiscalização.
Os dois comportamentos fomentam uma desconfiança por parte do mercado e dos consumidores em relação ao que realmente é feito para cessar as mudanças climáticas. A pesquisa feita pela EY apontou que 69% dos entrevistados não confiam nas afirmações feitas pelas marcas.
Para uma empresa ser realmente considerada ambientalmente responsável, é preciso levar em conta:
- Processos internos e externos que visem os princípios de sustentabilidade.
- Colaboração com parceiros para a preservação de recursos naturais.
- Estratégias em prol da reutilização e da reciclagem de matérias-primas.
- Descarte e tratamento de resíduos industriais.
- Conscientização de colaboradores e sociedade sobre a importância das práticas sustentáveis.
- Ações que promovam a restauração do meio ambiente e visem a compensação e redução dos níveis de carbono já emitidos.
Por esses e outros motivos, os profissionais ESG tornaram-se tão importantes para as instituições. São eles os responsáveis por elaborar e colocar em prática as condutas necessárias para diminuir os impactos causados ao meio ambiente por meio de estratégias assertivas e transparentes em todos os setores de uma organização.
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