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Chairman da Volkswagen aposta na mobilidade sustentável

Chairman executivo da Volkswagen para a região da América Latina, Pablo Di Si foi o convidado da Aula ao Vivo FIA Online, no mês de julho. 

 

Com o tema "O Futuro e os Desafios Globais da Indústria Automobilística no Brasil”, o executivo abordou a evolução da indústria nos últimos anos, os desafios a curto prazo e a eletrificação no país. Sob a gestão de Pablo, estão as operações da indústria em 29 países, incluindo Brasil, Argentina e países da América do Sul e América Central.

 

Nos últimos anos, foi responsável pela reestruturação da organização com foco em transformação cultural, criando novos modelos de negócios, acelerando a digitalização e melhorando a satisfação do cliente. Uma construção que contribuiu para colocar a Volkswagen no topo do segmento de utilitários esportivos compactos no Brasil.

 

Hoje, liderando um movimento pela mobilidade sustentável no País, o executivo defende o uso do etanol para reduzir as emissões de CO2, de forma a complementar a estratégia de carros flex, elétricos e híbridos nos esforços por promover a descarbonização da indústria automotiva. A empresa está comprometida com a causa: foi a primeira montadora a assinar o Acordo de Paris, para tornar toda sua cadeia produtiva carbono neutro até 2050.

 

Recentemente, Pablo anunciou que a Volkswagen pretende investir R$ 7 bilhões na América Latina, entre 2022 e 2026. Grande parte do montante será aplicado em projetos locais de veículos, digitalização e descarbonização.

Aposta no etanol

Ao longo de sua apresentação, Pablo relatou que, desde a criação do programa Proálcool, na década de 1970, até 2020 o etanol substituiu 523 bilhões de litros de gasolina. Também demonstrou que os veículos híbridos de etanol têm as menores emissões de CO2 em seus ciclos de vida, frente aos carros flex e elétricos.

 

Diante de dados como esses e dos altos custos de importação do petróleo, sustentou que a cadeia produtiva do setor automobilístico deve estar alinhada às características da matriz energética local. Nas palavras do executivo, não é preciso reinventar a roda. “O etanol é uma solução global complementar para fontes de energia renováveis”, enfatizou.

 

O chairman da Volkswagen América Latina também chamou atenção para o envelhecimento da frota circulante no Brasil. “O veículo popular está ficando cada vez mais caro, parte pela logística, mas muito pela tributação. E o que está acontecendo é que a fatia de carros novos na frota circulante está ficando cada vez menor”, observou. Garantir a renovação da frota representa ganhos positivos para a economia e geração de empregos.

Carros elétricos

Na análise de Pablo, a indústria automobilística passa por um momento de transição, no qual muitas montadoras estão investindo na fabricação de carros elétricos. No entanto, no Brasil, ainda não há uma fábrica capaz de montar veículos elétricos do início ao fim. “Essa transição vai levar 10 ou 20 anos no mundo e o Brasil precisa encontrar o seu norte”, ressaltou.

 

Também relatou ter dúvidas sobre como se desenvolveria uma possível indústria de veículos elétricos no País, devido aos altos custos para empresas e para consumidores. Quanto à viabilidade energética, propôs uma reflexão: o que aconteceria se, em um prédio, 20 moradores adquirissem carros elétricos?

 

“É preciso um plano macro para viabilizar isso, se esse for o plano. É importante se preparar para essa transição, pois existem planos que precisam ser pensados e colocados à mesa fora da indústria automobilística”, pontuou.

Carreira

Pablo Di Si iniciou sua carreira no Grupo Volkswagen em 2014 e assumiu a posição de presidente e CEO da Volkswagen América Latina em outubro de 2017. Anteriormente, ocupou posições-chave nas áreas de Finanças e Desenvolvimento de Negócios na FCA (Grupo Fiat Chrysler) nos Estados Unidos e no Brasil.

 

Bacharel em administração, com especialização em Finanças, nunca deixou de buscar o desenvolvimento. No currículo, traz graduações e programas de formação em instituições como Harvard Business School.

 

“Sempre digo que não nasci presidente. Tive uma infância simples e sempre coloquei o conhecimento acima de tudo. Busquei ter contato não só com professores, mas com alunos de diferentes indústrias... Por isso, digo abra a sua mente”, sugeriu.

 

O executivo também destacou a necessidade de exercer o protagonismo na carreira. “Trabalhei em cinco multinacionais diferentes, todas grandes empresas, e não adianta você pensar que uma empresa virá com um plano de desenvolvimento para você. Isso não vai acontecer, você precisa correr atrás”, concluiu.

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