Cada vez mais empresas assumem a responsabilidade quanto ao bem-estar e à felicidade do colaborador no ambiente corporativo.
A atenção aos cuidados com a saúde e ao bem-estar vem conquistando um novo espaço na dinâmica do mundo corporativo. Em meio à pandemia de covid-19, muitos profissionais repensaram seus propósitos e sua relação com o trabalho.
Um dos resultados disso foi a propagação de movimentos como Quiet Quitting e a Grande Demissão. Para reverter situações como essas, cada vez mais empresas apostam na adoção de práticas que têm como objetivo a felicidade dos funcionários.
Se em outros tempos, estresse e ansiedade eram vistos como algo inerente ao trabalho, a nova lógica corporativa trabalha para reduzir possíveis gatilhos para efeitos como esses. O Fórum Econômico Mundial estima que a economia global desperdiça US$ 1 trilhão ao ano – o equivalente a R$ 5,17 trilhões – em produtividade por não tratar dessas doenças preventivamente.
Em contrapartida, ter funcionários felizes pode ampliar em 31% a produtividade, conforme a Harvard Business Review. O mesmo estudo aponta que colaboradores satisfeitos são 85% mais eficientes e 300% mais inovadores. Já um levantamento da Gallup revelou que empresas com funcionários felizes registram 50% menos acidentes laborais.
Diante desse contexto, cada vez mais lideranças entendem a importância de estimular a criação de ambientes e relações saudáveis. Com isso, comportamentos que alimentam culturas tóxicas e condições que estimulam quadros como burnout são cada vez menos tolerados.
Esse cenário vem inspirando companhias de todo o mundo a aprofundar a abordagem sobre esse quesito. Empresas como Suzano, Deloitte, Google e Lojas Renner desenvolveram programas com foco na felicidade corporativa.
Outras foram além e instituíram uma área dedicada a promover a felicidade nas relações de trabalho, com posições como diretor de felicidade ou chief happiness officer (CHO). Diante disso, é válido entender melhor esse conceito.
Felicidade corporativa é o termo utilizado para definir o conjunto de aspectos como satisfação, qualidade de vida e bem-estar desenvolvidos no espaço de trabalho.
Envolve, portanto, emoções positivas, experiências prazerosas e de propósito, que podem ser construídas gradativamente.
Esse estado de espírito é alcançado por quatro dimensões:
Em 2022, o relatório Tendências Globais de Talentos, da consultoria Mercer, revelou que 81% dos colaboradores sentem que estão sob o risco de um burnout. Além disso, apenas 36% das companhias estão introduzindo estratégias voltadas à promoção do bem-estar mental ou emocional, segundo o estudo.
Paralelamente, outra pesquisa aponta que 9 entre 10 brasileiros acreditam que a síndrome de burnout está diretamente relacionada a modelos de liderança que não se preocupam com a sobrecarga de tarefas ou com os funcionários. O dado pertence a um estudo da consultoria Mindsight, que ouviu 1.600 profissionais.
O aumento no número de afastamentos do trabalho devido à saúde mental – identificado, especialmente, durante a pandemia – tem sido determinante para colocar o bem-estar e a satisfação do colaborador na agenda das lideranças.
Com o entendimento de que a busca pela felicidade não cabe apenas ao profissional, empresas estão desenvolvendo programas com o objetivo de criar espaços de trabalho mais saudáveis e acolhedores.
É o caso do banco BV (antigo Banco Votorantim), que desde 2017 conta com um programa de felicidade. Com a realização das chamadas “oficinas de felicidade” e outras ações, a instituição financeira conseguiu ampliar de 70% para 90% o engajamento da equipe.
As oficinas de felicidade ajudam a sensibilizar as lideranças sobre o tema, além de permitir a experimentação de ferramentas que estimulam a satisfação e o bem-estar no trabalho. Os encontros ocorrem semanalmente e são realizadas em torno de oito edições.
Mas, para que resultados como esse sejam alcançados, é preciso que a causa conquiste o apoio da alta liderança. Foi assim que o especialista em felicidade no trabalho Vinicius Kitahara, fundador da consultoria Vinning, deu início ao seu trabalho com a Suzano, conforme contou à Forbes.
Tudo começou com reuniões semanais com o diretor executivo de gente na empresa de celulose, para tratar do tema felicidade. Logo, os encontros passaram a abranger o restante da diretoria, com 9 de 10 diretores, em trabalho individual. Atualmente, contempla os 17 mil funcionários.
Se a sua empresa ainda não desenvolve ações para promover a felicidade corporativa, que tal começar agora? Aqui estão 4 dicas práticas para começar:
Construir um ambiente corporativo moderno, que estimule a criatividade e permita o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, pode ser o diferencial que as empresas precisam para reduzir o índice de rotatividade e aumentar a produtividade, a inovação e, consequentemente, a rentabilidade.
E você pode assumir o protagonismo nesse movimento. Conte com a FIA Online para desenvolver habilidades essenciais para gerenciar processos e programas voltados à qualidade de vida e à proteção da saúde mental.
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