A adoção de práticas ESG está entre as principais tendências do mundo dos negócios. Cada vez mais, espera-se que as organizações ampliem o olhar para os interesses dos seus stakeholders e não apenas dos seus shareholders.
Segundo a edição 2022 da pesquisa Edelman Trust Barometer, 58% dos entrevistados declararam que compram ou defendem marcas considerando seus valores e crenças. Além disso, 60% escolhem um lugar para trabalhar e 80% investem com base em seus valores e crenças.
Ou seja, assumir papéis sociais torna-se cada vez mais urgente para as empresas. Nesse sentido, a agenda ESG tem sido adotada por grandes, médias e pequenas empresas, a fim de gerar impacto social e promover a inovação.
O termo ESG foi criado em 2005, por Kofi Annan, então secretário-geral da ONU. A sigla faz referência aos princípios Environmental, Social e Governance (em português, meio ambiente, social e governança corporativa).
O relatório Who Cares Wins, onde o termo circulou pela primeira vez, apresentava diretrizes e recomendações sobre como contemplar questões ambientais, sociais e de governança na gestão de ativos, serviços de corretagem de títulos e pesquisas relacionadas ao tema. À época, apenas 23 empresas concordaram em assinar o documento.
O conceito ganhou força a partir de 2019, quando a Declaração de Propósito do grupo Business Roundtable contabilizou assinaturas de 181 CEOs de grandes corporações. No texto, eles se comprometeram a adotar práticas a favor do desenvolvimento sustentável e da responsabilidade social corporativa.
Confira, a seguir, alguns exemplos do que envolve cada um dos pilares ESG:
Hoje, o ESG tornou-se altamente relevante para a tomada de decisão de investidores. Isso porque impacta diretamente a reputação das empresas e, consequentemente, seu potencial de atrair consumidores e gerar rentabilidade.
Nas bolsas de valores, os agentes de mercado estão cada vez mais atentos e alinhados a pautas sociais e ambientais. Em agosto de 2022, a operadora da bolsa brasileira B3, por exemplo, tornou pública uma série de regras sobre representatividade em empresas listadas.
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Uma delas prevê que as companhias tenham ao menos uma mulher e um integrante de comunidade minorizada na diretoria ou conselho de administração. A B3 considera comunidade minorizada pessoas autodeclaradas pretas ou pardas, integrantes da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência.
Para as companhias que descumprirem a regra, a B3 afirma que elas terão que explicar ao mercado a falta de diversidade nos cargos altos, conforme registrou a Forbes.
Atualmente, 60% das mais de 400 empresas listadas não têm nenhuma mulher na diretoria estatutária, e 37% não possuem participação feminina no conselho, segundo a operadora.
A B3 afirmou não ter dados amplos sobre raça e etnia. Porém, um levantamento com 73 companhias aponta que 79% delas afirmam ter entre zero e 11% de pessoas negras em cargos de diretoria.
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