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Sorvete ESG? O novo desafio da Unilever para ser mais sustentável

Conheça as principais metas e iniciativas na agenda ESG da gigante no mercado de bens de consumo Unilever.

 

 

 

A Unilever está comprometida em reformular toda a sua cadeia de valor em prol da geração de impacto positivo para o meio ambiente e a sociedade. No ramo alimentício, um dos seus novos desafios envolve marcas de sorvete como Ben&Jerry’s e Magnum, das quais a gigante é detentora.

 

Atualmente, a companhia testa o desempenho de seus produtos em freezers ajustados para temperaturas de aproximadamente 10 graus Fahrenheit (-12,2°C), acima do padrão da indústria, 0 grau Fahrenheit (-17,8°C).

 

Isso porque, em breve, a multinacional pretende aumentar a temperatura de seus freezers em lojas de conveniência sem que seus produtos derretam. E todo esse esforço não é à toa.

 

A Unilever é proprietária da maior parte dos três milhões de freezers do tipo baú em lojas de conveniência, e calcula que a energia utilizada pelos equipamentos representa 10% da pegada de carbono da empresa.

 

Como conectar sustentabilidade e resultados

 

Uma fórmula de sorvete que suporte 10 graus Fahrenheit contribuiria para a redução do uso de energia e, consequentemente, diminuiria em cerca de 20% a 30% a emissão de gazes de efeito estufa por freezer, segundo a corporação.

 

Para além do alinhamento com as metas ecológicas, a mudança também tem potencial para aumentar os números de vendas, seja ao atrair consumidores de marcas sustentáveis, seja ao prolongar a temporada de vendas de sorvete nas lojas.

 

No último trimestre de 2022, a Unilever viu cair as vendas fora de casa de seus sorvetes. Isso aconteceu, conforme a empresa, porque alguns estabelecimentos optaram por desligar seus freezers mais cedo no ano, temendo o aumento nos gastos com energia.

 

Segundo o Valor Econômico, a organização não revelou o custo total do projeto, mas a Unilever vem posicionando o investimento entre os maiores do projeto que visa tornar a empresa mais sustentável.

 

A multinacional não informou quando planeja colocar em prática o aquecimento de seus freezers, mas revelou que o programa de pesquisa pode durar até 15 anos.

 

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Como o ESG entrou na estratégia da Unilever

 

Há pelo menos duas décadas, a geração de impacto positivo passou a fazer parte da estratégia da Unilever. A companhia havia perdido o posto de líder global no mercado de bens de consumo e vivia um período de baixa, quando Paul Polman assumiu o cargo de CEO, em 2008.

 

Com a missão de levar a companhia de volta ao topo, o executivo redesenhou o plano de ação da empresa, introduzindo na estratégia a sustentabilidade, uma causa que já o acompanhava em experiências anteriores.

 

Paul focou investimentos em pessoal, marcas, pesquisa e desenvolvimento e manufatura, além de introduzir ferramentas e práticas para identificar oportunidades de crescimento, redução de custos e capital para reinvestimento.

 

Deu resultado: a empresa não só ampliou lucros, como também se tornou um exemplo a ser seguido em ESG.

 

Hoje, a multinacional tem em andamento um plano ESG chamado Unilever Compass, que visa reestruturar sua cadeia de valor. Além de reafirmar o compromisso social da empresa, o projeto traça diretrizes e metas para gerar impacto positivo ao meio ambiente e à sociedade.

 

O intuito é associar um propósito de negócio aderente à concepção de futuro a resultados financeiros superiores e consistentes. Por meio de suas ações ESG, a expectativa da empresa é impactar mais de 1 bilhão de pessoas anualmente até 2030.

Conheça as metas e ações ESG traçadas pela Unilever

 

Clima e meio ambiente

 

  • Cessar a emissão de efeito estufa até 2030;
  • Ajudar a proteger 1,6 milhão de hectares de florestas e oceanos;
  • Ter uma cadeia de fornecimento livre de desmatamento para óleo de dendê, papel, chá, soja e cacau até 2030;
  • Reduzir a fabricação de plásticos novos em 50% em cinco anos;
  • Reciclar 25% dos plásticos utilizados pela empresa;
  • Utilizar apenas plásticos de material reciclável;
  • Implantar programas de reuso de água;
  • Zerar o desperdício de comida em suas operações.

Bem-estar e saúde

 

  • Reinventar produtos para torná-los alinhados ao propósito da empresa (por exemplo, caldo Knorr sem sal e hambúrguer à base de plantas);
  • Promover parcerias com organizações mundiais em apoio ao Global Food System Summit, ligado à ONU (Organização das Nações Unidas);
  • Parcerias com startups para buscar alternativas de proteínas e tecnologias para redução de desperdício de comida em restaurantes.

Beleza e higiene

 

  • Enfatizar a representatividade e a diversidade em embalagens e peças publicitárias;
  • Ter um portfólio inclusivo de marcas para todas as peles, cabelos e tipos de corpo;
  • Combater estereótipos e alterações digitais de imagem.

 

A partir de iniciativas como essas, a gigante de bens de consumo espera que o mundo avance na construção de uma economia circular. À Época Negócios, o chefe de desenvolvimento e pesquisa da Unilever, Richard Slater, deixou claro que, para isso, é preciso ir além dos próprios produtos, promovendo novos modelos de negócios e que tenham escala.

 

Gostou de conhecer os desafios da Unilever e sua agenda ESG? Deixe um comentário e compartilhe conosco suas percepções sobre o tema.

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