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3 passos para evoluir a agenda da saúde mental na sua empresa

Descubra como progredir no apoio à saúde mental nas empresas e construir locais de trabalho mais sustentáveis para os colaboradores.

 

 

 

Um levantamento da Ipsos aponta que 49% dos trabalhadores apresentam sintomas de ansiedade e depressão. Somado a isso, a preocupação dos brasileiros com o bem-estar mental quase triplicou em quatro anos. Já da perspectiva dos empregadores, o apoio à saúde mental continua sendo um desafio para as organizações.

 

Um estudo da consultoria Deloitte, que ouviu 1.000 profissionais, revelou que 77% dos funcionários relataram se sentir esgotados em seus empregos atuais. Além disso, 91% dos entrevistados afirmaram estar sob alto nível de estresse e frustração, que afeta negativamente a qualidade de suas entregas.

 

A pressão de uma cultura de trabalho que demanda produtividade excessiva e resultados constantes, segundo o relatório, está entre os principais motivos de estresse no trabalho, o que pode levar ao burnout.

 

Nesse contexto, as lideranças podem fazer mais pelo bem-estar mental dos colaboradores (69%) do que terapeutas (41%). A constatação é do relatório Workforce Institute, divulgado pela Forbes, que entrevistou mais de 3.000 pessoas em 10 países.

 

A complexidade desse cenário fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) requeressem uma ação concreta para lidar com questões de saúde mental na população ativa.

 

Além de estabelecer diretrizes globais sobre saúde mental no trabalho, as instituições recomendam ações para enfrentar os riscos para a saúde mental, como cargas de trabalho pesadas, comportamentos negativos e outros fatores.

 

E pela primeira vez, sugerem o treinamento de lideranças a fim de desenvolver a capacidade de evitar ambientes de trabalho estressantes, bem como de responder adequadamente aos trabalhadores em adoecimento ou sofrimento psíquico.

 

Onde as empresas erram quando o assunto é saúde mental

 

A plataforma ResumeLab reuniu mais de 1.000 trabalhadores nos Estados Unidos para mapear o cenário de saúde mental nos ambientes de trabalho. O relatório Mental Health at Work, divulgado em 2023, mostrou que 60% se sentem discriminados por causa da sua condição de saúde mental e 68% temem que revelar esse tipo de problema possa prejudicar sua reputação profissional.

 

Além disso, 49% relatam sentirem-se pressionados e 42% dizem que cargas excessivas prejudicam o bem-estar mental. O estudo também identificou alguns erros cometidos pelas empresas que contribuem para a piorar o quadro de saúde mental no trabalho.

 

São eles:

  • Ignorar as condições de bem-estar mental dos funcionários;
  • Discriminar profissionais por sua condição de saúde mental;
  • Evitar o diálogo e o debate aberto sobre o tema;
  • Não amparar funcionários com necessidades de saúde;
  • Sobrecarregar pessoas com jornadas ou tarefas de trabalho excessivas;
  • Não investir em conscientização sobre programas de saúde mental.

Como criar ambientes corporativos favoráveis à saúde mental

 

Erros como os citados acima são comuns nas organizações, uma vez que, por muito tempo, a saúde mental foi tratada como uma questão individual. Porém, cada vez mais ganha força o entendimento de que essa deve ser uma prioridade coletiva, especialmente devido a todos os fatores de trabalho que compõem esse quadro.

 

Um estudo publicado pela Harvard Business Review mostra que as empresas devem ir além da responsabilização do indivíduo, do incentivo ao autocuidado e de benefícios aos empregados, se realmente quiserem apoiar a saúde mental no trabalho.

 

Aqui estão 3 passos essenciais para progredir neste campo:

 

Mudança de cultura

 

Para começar, é preciso realizar uma mudança cultural e, para que isso ocorra, a transformação deve partir de cima para baixo. Ou seja, os líderes devem reconhecer a saúde mental como uma prioridade da empresa, criando mecanismos que permitam analisar a responsabilização, como pesquisas de pulso.

 

É importante eliminar a discriminação em relação aos problemas de saúde mental. Uma forma de avançar nesse sentido é tornando líderes aliados e incentivando o compartilhamento de experiências pessoais em ambientes de diálogo e transparência.

 

Sua empresa pode ter os melhores benefícios, mas o uso em prol do bem-estar mental só aumentará quando houver uma cultura livre de estigma. Também é necessário preparar líderes, gestores e demais colaboradores para lidar com o assunto.

 

Construir um ambiente de segurança psicológica é fundamental. Isso envolve estabelecer políticas, práticas, benefícios e outros recursos de saúde mental, implementá-los e comunicá-los a toda a organização.

 

Formas de trabalho mais sustentáveis

 

Outro passo é mudar a forma de trabalhar, proporcionando mais flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Algumas formas de fazer isso são promovendo a autonomia, estabelecendo limites e criando normas quanto à comunicação, à capacidade de resposta e à urgência.

 

Se no ramo da sua empresa é necessário que profissionais trabalhem longas horas para atender ao prazo de um cliente, adaptar os prazos internos pode ajudar a reduzir a pressão. Há ainda organizações que limitam os horários para envio de e-mails – nenhuma mensagem após o expediente -, reservam dias para o trabalho focado e dias sem reuniões.

 

Para que os funcionários sintam que comportamentos mentalmente saudáveis são aceitos dentro de uma empresa, os gestores devem ser exemplo. Conversas entre líderes e liderados também podem ajudar a modelar estilos e preferências de trabalho.

 

Conexão mais profunda

 

Reservar tempo para realizar check-ins, estabelecer relações de trabalho saudáveis e incentivar as trocas entre equipes é fundamental para construir conexões com maior profundidade. As empresas devem proporcionar, de forma contínua, a oportunidade de criar vínculos seja através de conversas individuais entre gestores e subordinados, seja entre colegas.

 

"Como você está?" e “Como posso ajudá-lo?” são perguntas que devem ser expressas com mais frequência, especialmente no nível de gestão. Elas também ajudam a trabalhar a empatia e a autenticidade.

 

Aprenda a gerenciar a qualidade de vida nas organizações

 

Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade. O custo à economia global pode alcançar trilhão de dólares, segundo a OMS/OIT.

 

As transformações sociais ocorridas nos últimos anos contribuíram para mudar as percepções dos trabalhadores em relação à saúde mental. Mas para que as organizações possam avançar também no apoio ao bem-estar mental, é preciso ser intencional, criando novas formas de trabalho.

 

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