Assim como outubro e novembro, janeiro também tem uma campanha de conscientização, mas a respeito da saúde mental. Entenda como o ambiente corporativo pode auxiliar.
O Brasil é o país mais ansioso do mundo (9,3%) e o segundo maior das Américas em depressão (5,8%), conforme levantamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). Além disso, nos últimos seis anos, aumentou para 34,2% o número de diagnóstico de depressão, conforme a Pesquisa Nacional da Saúde (PNS).
Dados como esses reforçam a importância do Janeiro Branco, mês dedicado à conscientização aos cuidados da saúde mental. Um tema que, aliás, tornou-se uma prioridade global de saúde e desenvolvimento econômico em razão da pandemia.
A saúde mental influencia no desenvolvimento econômico, sendo a segunda causa de afastamento laboral. Ou seja, é um assunto que deve ser discutido também em âmbito profissional.
Mas como empresas, gestores de Recursos Humanos e demais lideranças podem contribuir para o enfrentamento dos desafios à saúde mental e atenção psicossocial? O primeiro passo é entender e não tratar como “frescura”, e a partir disso incentivar a cultura do cuidado para com as pessoas.
Idealizada pelo professor e psicólogo mineiro Leonardo Abrahão em 2014, em Uberlândia, Minas Gerais, a iniciativa busca chamar a atenção das pessoas e da sociedade para o tema da saúde mental. A escolha de janeiro como mês de maior atenção para o tema se deu pelo período em que as pessoas estão mais abertas em mudanças de hábitos e comportamentos devido ao ano novo.
Saiba mais sobre a campanha no site do Instituto Janeiro Branco.
Se durante a 1ª Revolução Industrial o papel da área de Recursos Humanos se restringia a fazer com que as decisões dos patrões fossem cumpridas, hoje suas atribuições são outras.
Além de recrutar, selecionar e comunicar aos talentos sobre a cultura e os objetivos da organização, o RH moderno deve zelar pelas boas relações profissionais entre empresa e colaborador. Tais como política de benefícios, treinamentos, desenvolvimento pessoal e corporativo.
Mas, com o retorno gradual aos escritórios pós-pandemia, outro aspecto também precisa ganhar a atenção dos gestores e profissionais desse departamento: saúde física e mental. Afinal, a satisfação de um colaborador impacta diretamente em sua performance e nos resultados empresariais.
Então, é fundamental saber quais são os principais fatores prejudiciais ao bem-estar psicológico: assédio moral, excesso de trabalho e competitividade, cobrança em razão de metas inatingíveis, ambiente com demissões frequentes e clima organizacional estressante.
Portanto, para fazer a manutenção da saúde mental dos colaboradores – pois, como vimos, é um dos fatores para afastamento laboral –, o RH deve promover um ambiente saudável e adequado, por meio de ações voltadas ao assunto, implementar rotina de feedback, incentivar atividades físicas e dar apoio psicológico, por exemplo.
A saúde mental deve ser uma prioridade de profissionais em todos os níveis hierárquicos nas organizações. Com essa conscientização será mais fácil manter o clima organizacional em alta e, consequentemente ter colaboradores mais engajados e produtivos.
Horários flexíveis para que os funcionários trabalhem em momentos que consideram mais produtivo são uma forma de evitar o esgotamento mental causado pelo excesso de trabalho. Afinal, um ambiente de trabalho que possibilita um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal contribui bastante para aumentar a qualidade de vida.
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