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Novo perfil dos CEOs: conheça as habilidades essenciais para o cargo

Escrito por FIA ONLINE | 12 de Outubro de 2022

O papel do CEO está em transformação e, consequentemente, as habilidades exigidas para ocupar e exercer o cargo com sucesso também.

 

 

Por algum tempo, a atuação do CEO consistia em definir visão, estratégia da empresa e garantir que a companhia contava com as pessoas certas para disseminá-las e alcançar resultados.

 

Com a pandemia, a preocupação com o meio ambiente, as mudanças climáticas e o cuidado com a reputação corporativa têm incentivado mudanças na posição.

 

E o cenário é mais complexo do que parece. Isso porque os candidatos a ocupar o cargo ainda não têm clareza sobre as mudanças da posição que estão buscando. Ao mesmo tempo, os nomes no comando podem oferecer orientações limitadas.

 

Como resultado, o momento atual tornou-se de profunda reflexão para CEOs de todo o mundo. A grande questão é: quais são as habilidades que devem compor o novo perfil de CEO?

 

Confira, a seguir, algumas apostas de recrutadores, consultorias e lideranças.

 

Competências e habilidades do novo perfil de CEOs

Inteligência emocional

 

Confiança e transparência exercem papel vital para o sucesso dos negócios. E o CEO deve ser a primeira figura responsável por propagar o propósito e o impacto da empresa.

 

Portanto, quem deseja ocupar a posição deve ser hábil em construir influência, formar equipes e capacitar pessoas, além de estar aberto a mudanças e ter capacidade de iniciá-las.

 

Em um mundo cada vez mais digital, o risco de polêmicas envolvendo executivos de alta gestão preocupa organizações. Nesse contexto, cresce a importância da inteligência emocional como habilidade para o perfil do novo CEO.

 

À revista Forbes, Jane Stevenson, vice-presidente da consultoria de gestão Korn Ferry - responsável por processos de sucessão de CEOs pelo mundo -, resumiu:

 

“A expectativa sobre o posicionamento dos CEOs – e sobre quando se posicionar e quando se calar – é enorme. Sempre foi sobre quem a pessoa é. Agora é quem a pessoa é, ao quadrado.”

 

Experiências em funções C-level 

 

Um levantamento realizado pela consultoria Spencer Stuart mapeou a origem dos CEOs das maiores empresas listadas nas bolsas norte-americanas nos últimos 20 anos.

 

Do total, 85% deles ascenderam ao cargo a partir de funções como diretor de operações, um cargo de CEO dividido, diretor financeiro e lideranças em cargos executivos a um ou dois níveis do topo.

 

Para preencher vagas em aberto, é crescente a busca por CFOs com perfil estratégico, que trazem na bagagem a atuação em parceria com CEO. É o que relata a sócia-gerente do treinamento global de CEOs e conselhos da Heidrick & Struggles, Bonnie Gwin.

 

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Em empresas voltadas ao consumidor, podem se destacar quem ocupou a diretoria de marketing. Executivos que estiveram à frente da área de produto também vêm conquistando espaço, por seu conhecimento sobre vendas, produto, estratégia e operações.

 

Além disso, a experiência em conselho de administração pública de alto nível é outro diferencial, pois conecta o profissional a pessoas em outro nível de exposição.

 

A busca por diversidade 

 

Fora a formação, outro fator que deve guiar a contratação de CEOs nos próximos anos é a diversidade.

 

Um levantamento realizado pela Heidrick & Struggles, com 1.095 CEOs de 24 países, apontou que as mulheres representavam 13% dos novos ocupantes do cargo durante o primeiro semestre de 2021. O número representa, aproximadamente, o dobro do registrado no período anterior.

 

Quando se trata de diversidade racial, também há expectativas de avanço, porém, os números já registrados indicam que a escalada tende a acontecer de forma ainda mais lenta.  

 

Mais ousadia

 

Administrar um negócio, é claro, segue entre as habilidades essenciais. Porém, os conselhos estão cada vez mais interessados em competências comportamentais.

 

“Os melhores conselhos reconhecem que um CEO é apenas um membro de uma equipe executiva e, se complementado adequadamente, pode vir de muitas origens”, diz Tim Conti, sócio-gerente da empresa de busca de executivos ON Partners.

 

Quando analisados os quesitos comportamentais, adaptabilidade, confiabilidade, habilidade para envolver pessoas e tomar decisões estão entre as requeridas.

 

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Aprendizado e resiliência 

 

Liderar em cenários de conflito é uma constante na rotina de qualquer CEO, especialmente em tempos de crise e de mudanças cada vez mais velozes e frequentes. Por isso, resiliência não pode faltar.

 

No último ano, o salário médio para os CEOs das empresas do índice S&P 500 atingiu o recorde de US$ 14,5 milhões (R$ 75,09 milhões), conforme estudo da Equilar e Associated Press. Ainda assim, diante da perspectiva de estresse, recrutadores afirmam que o desejo dos candidatos pelo cargo está em queda.

 

Por isso, a posição de CEO tende a ser ocupada cada vez mais por pessoas com ambição de liderar, mas, principalmente, com ambição de aprender.

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