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Para onde caminha a ética na era da inteligência artificial?

Na corrida para garantir a competitividade em suas indústrias, milhares de empresas apostam na adoção de soluções baseadas em inteligência artificial (IA). Um relatório, elaborado pela Bain & Company, estima que implementar esse tipo de tecnologia está entre as prioridades de 85% das organizações para os próximos anos, o que deve movimentar investimentos na ordem de R$ 1,3 trilhão.

 

Na trilha da transformação digital, sistemas de IA têm desempenhado um papel cada vez mais importante para que as empresas tomem decisões mais assertivas e eficientes, na medida em que permitem aumentar a capacidade de processar grandes volumes de dados e identificar padrões complexos. Porém, como acontece com toda inovação, o crescimento exponencial faz emergir considerações éticas que merecem atenção das empresas.

 

A seguir, vamos explorar um pouco mais esses dilemas, seus impactos nos negócios e na sociedade, entre outros aspectos. Siga a leitura!

 

Principais preocupações éticas na IA

 

O encantamento gerado por uma inovação pode ocultar questões críticas para a reputação, o gerenciamento e o alcance de resultados de uma empresa. No caso da inteligência artificial, são três os principais dilemas éticos enfrentados pelas empresas. Confira:

 

Vieses e discriminação

 

Os algoritmos de IA são treinados com base em conjuntos de dados históricos, que podem refletir preconceitos e desigualdades existentes na sociedade. Isso pode resultar em decisões discriminatórias, seja na seleção de candidatos para empregos ou na definição de políticas de crédito, impactando negativamente certos grupos.

 

Essa questão desafia, até mesmo, gigantes do mercado de tecnologia, que lideram o desenvolvimento de aplicações desse tipo, como o Google. Recentemente, usuários do Gemini, sucessor do Bard e concorrente do ChatGPT, relataram inconsistências nas respostas entregues pelo bot. Ao utilizar a ferramenta de geração de imagens, muitos manifestaram preocupação com a reprodução de vieses e preconceitos existentes em textos da internet.

 

Privacidade e segurança dos dados

 

A coleta e o armazenamento de volumes imensos de dados pessoais para alimentar os sistemas de IA também devem gerar alertas sobre a privacidade e a segurança das informações. Vazamentos ou uso indevido desses dados podem causar danos significativos aos indivíduos, além de resultar em consequências legais e reputacionais para as empresas.

 

Somado a isso, garantir a segurança dos dados é hoje um dos grandes desafios das organizações e a inserção de uma nova tecnologia pode expor lacunas de proteção, abrindo espaço para violações. Para reduzir os riscos, também é fundamental adotar regulamentações e medidas de conformidade, que estabeleçam diretrizes claras para o uso ético e seguro dos dados.

 

Responsabilidade e transparência na tomada de decisões

 

Quando falamos em transparência atrelada a aplicações de inteligência artificial, é importante observar essa temática sob dois ângulos: uso e operação. O primeiro diz respeito ao nível de autonomia da solução de IA nos processos decisórios. Já o segundo refere-se aos procedimentos internos realizados pelos sistemas de IA para a tomada de decisão.

 

Empresas que falham nesses aspectos podem ser responsabilizadas por eventuais erros ou consequências negativas. Paralelamente, enfrentam o desafio de garantir que as decisões da IA sejam compreensíveis e explicáveis, além de estabelecer mecanismos para lidar com possíveis falhas.

 

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Como as empresas podem superar esses desafios?

 

Diante dos dilemas éticos apresentados, as empresas precisam adotar abordagens proativas para garantir a ética na inteligência artificial. Isso inclui a implementação de práticas de coleta e uso responsável de dados, a realização de auditorias de algoritmos para identificar vieses e a promoção da transparência nas decisões automatizadas. Além disso, a colaboração com especialistas e a participação em discussões sobre regulamentações e padrões éticos são fundamentais para orientar as ações das empresas nesse contexto.

 

Ao considerar a ética na aplicação da inteligência artificial, as empresas podem construir uma imagem de confiança e responsabilidade perante os consumidores, o que pode resultar em maior fidelização e preferência de mercado. Além disso, a abordagem ética na IA pode minimizar riscos legais e regulatórios, contribuindo para a sustentabilidade e longevidade dos negócios. Por outro lado, ignorar a ética na inteligência artificial pode resultar em danos à reputação da empresa, perda de clientes e exposição a processos judiciais e multas por violação de privacidade e discriminação.

 

Como vimos, a alta complexidade da transformação tecnológica no mundo corporativo pode gerar muitos desafios, mas também inúmeras oportunidades. Por isso, esteja preparado para assumir posições estratégicas que envolvem a integração das tecnologias aos objetivos corporativos. Conheça algumas das Pós-graduações e MBAs da FIA Online que podem ajudar você:

 

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