CEO da Innovation Intelligence e cofundador da I2AI Brasil compartilharam suas análises e opiniões em aula exclusiva. Conheça os principais insights.
Apesar de despertar temores e inseguranças, é preciso reconhecer: a crescente presença da inteligência artificial (IA) traz ao mundo uma imensa gama de possibilidades ao aumentar o potencial humano, gerar oportunidades, apoiar a democratização do acesso à informação, entre outros aspectos. Sua relação com o mercado de trabalho, impactos na economia e na educação estiveram no foco da edição de abril da Aula ao Vivo FIA Online.
Com mediação do professor Carlos Netto, ex-diretor de estratégia do Banco do Brasil e PHD em Comunicação Social, o encontro reuniu Luiz Neto, fundador e CEO da Innovation Intelligence AI, e Alexandre Del Rey, cofundador da I2AI Brasil, autor e pesquisador nos campos de Inovação, Inteligência Competitiva e Estratégia, para compartilhar suas visões com alunos e convidados.
Confira, a seguir, alguns dos principais insights.
Alexandre Del Rey abriu sua apresentação enfatizando que esse é um momento único na história, no qual vivemos três revoluções ao mesmo tempo. A primeira é a revolução de dados, já mais consolidada, embora muitas empresas ainda não explorem todo esse potencial. A segunda é a revolução da inteligência, que está no seu auge. E, por fim, no horizonte futuro, a revolução do metaverso.
Também destacou a evolução da inteligência artificial, termo criado nos anos 1950, conectado aos modelos de computação. Já nos anos 2000, a IA entrou em uma nova fase com o surgimento do machine learning ou aprendizado de máquina. Em seguida, agregou o deep learning ou aprendizado profundo, com redes neurais artificiais capazes de reproduzir atividades até então só realizadas pelo cérebro humano. No momento atual, destaca-se a criação e popularização da IA generativa.
“Olhar para o mundo do trabalho dá um certo frio na barriga, mas vamos ter um pouco mais de calma. Usamos a tecnologia para melhorar o trabalho há muito tempo, desde a pedra lascada há 2,6 milhões de anos A.C. O fogo, a roda, o arado, a escrita, a moeda, a máquina a vapor, a eletricidade, o telégrafo. Todas essas tecnologias nos trouxeram uma produtividade absurda. Então, por que o incômodo?”.
Para Del Rey, a principal razão está no fato de que essa tecnologia mexe com algo que até então era de domínio exclusivo dos humanos - a capacidade de raciocínio, de encontrar padrões de processos mentais. Se a revolução dos dados proporcionou à humanidade o poder de controlar e dar mobilidade para a informação, a revolução da IA possibilita o controle e mobilidade da inteligência.
Na análise do convidado, falar que a inteligência artificial substituirá as pessoas seria reduzir o papel do humano. Por outro lado, ele enxerga um caminho interessante para aumentar capacidades, desenvolvendo tech skills ou competências para trabalhar com tecnologias. São algumas delas:
Fundador e CEO da Innovation Intelligence AI (empresa especializada em capacitar negócios em copiloto de inteligências artificiais), Luiz Neto lembrou que a IA generativa é um modelo que consegue gerar conteúdo ou dados novos, que são similares, mas não idênticos aos utilizados para alimentar e treinar a ferramenta. É possível usar a aplicação para aumento de dados, simulação e modelagem, geração de códigos, geração de imagens, e muito mais.
“A IA é criada com base no que o ser humano criou. Cada vez que ganhamos uma ferramenta nova, a história mostra que são criados novos usos, novas oportunidades, de forma que a ferramenta acaba sendo apenas uma ferramenta e não chega a substituir o humano. Existe um período de transição e cabe a nós sermos curiosos, entendermos como usar aquilo, senão acabaremos virando uma estatística nessa transição”, observa.
Nessa revolução industrial moderna, muda a forma como você trabalha, como aprende, as interações sociais, as regulações e normas legislativas, o acesso à informação. Com novas ferramentas, mais pessoas têm acesso a novos conhecimentos. Tudo isso gera impacto na economia em escala global.
Luiz Neto também compartilhou dados de pesquisa da KPMG, a qual revela que 77% dos líderes entendem que, entre as tecnologias emergentes, a IA terá maior impacto em seus negócios nos próximos anos. Além disso, 73% acreditam que a IA aumentará a produtividade, 71% implementarão sua primeira solução de inteligência artificial nos próximos dois anos e 64% creem que ajudará suas empresas a ganhar vantagem competitiva frente a seus concorrentes.
O especialista ressaltou ainda que, conforme dados da McKinsey, 33% das empresas que ainda não estão habituadas à inteligência artificial esperam obter uma redução de custos. Em contrapartida, entre aquelas que já apresentam alta performance no uso dessa tecnologia, apenas 19% projetam reduzir custos.
Na visão dele, as companhias que preparam seus funcionários para o uso de IA entendem que esse profissional tem grande valor, pois sabe utilizar a tecnologia, está alinhado à cultura e, agora, pode contribuir em outras frentes do negócio. “Essas empresas veem novas oportunidades de melhorar atendimento, produtos e entregas. (...) 33% das empresas terão um projeto com IA no mercado daqui a dois anos, 26% em um ano, 12% nos próximos 6 meses e 9% já têm uma solução implementada. Então, o tema é para ontem.”
Como vimos, o avanço da inteligência artificial traz uma janela de grandes oportunidades e aplicação de tecnologias para gerar prosperidade. Nesse contexto o aprendizado contínuo é fundamental para que você assuma o protagonismo da sua carreira e esteja preparado para enfrentar as turbulências de um mundo em transição. Por isso, a FIA Online desenvolve programas de Pós-graduação e MBAs estrategicamente pensados para atender às demandas e aos desafios do mundo dos negócios.
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