A edição brasileira de 2021 chegou ao fim. Mas dados importantes já estão disponíveis para quem deseja acompanhar as movimentações do mercado.
Terminou uma das datas mais esperadas por consumidores, empresas, marcas e comerciantes: a Black Friday, o evento comercial que tradicionalmente ocorre na última sexta-feira de novembro. Dia marcado por descontos atraentes em diversas categorias de produtos e serviços, disponíveis em lojas físicas e online – sendo, muitas vezes, estendido para todo mês.
A origem da Black Friday não é exata. Uma das hipóteses é que, em 1869, investidores norte-americanos teriam criado um esquema ilegal para controlar o mercado de ouro nos Estados Unidos. Mas o presidente Ulysses S. Grant descobriu o plano, ordenando a venda do ouro estocado nos cofres públicos. O preço caiu drasticamente em uma sexta-feira, passando de US$160 para US$130. Assim, o resultado da ação teria passado a se chamar Black Friday.
Independentemente da história, a campanha de vendas vem sendo realizada desde 2010 no Brasil. Agora, em 2021, a Black Friday registrou R$ 5,419 bilhões de faturamento total, representando um crescimento de 5,8% em relação a 2020, conforme levantamento realizado pela Neotrust. Os dados apurados correspondem ao número de compras realizadas via e-commerce, entre a 0h de quinta-feira até as 23h59 de sexta-feira. Respectivamente 25 e 26 de novembro.
E os números apurados pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) também chamam a atenção. O uso de cartões na internet, aplicativos e outros tipos de compras não presenciais também teve um aumento de 22% aproximadamente, em comparação ao ano passado.
Por outro lado, as vendas do varejo físico brasileiro registraram queda de 1,8% entre 26 e 28/11, se comparado ao mesmo período de 2020, segundo dados do Serasa Experience. Além disso, considerando outras datas comerciais como Dia das Crianças (2,3%), Dia dos Pais (6,2%), Dia dos Namorados (13,7%) e Dia das Mães (6,0%), a Black Friday teve o pior desempenho.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, avaliou os números mapeados. “O alto nível de desemprego e o encarecimento da taxa Selic e de uma grande variedade de produtos, fruto da inflação, continuam abalando a disposição de compra das pessoas, que precisam se precaver e investir somente em itens que são fundamentais, reduzindo a compra de supérfluos."
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