OKR: como implementar e medir o sucesso da sua estratégia
Entenda como a metodologia OKR pode ajudar organizações a prosperarem na execução de seus planejamentos estratégicos.
Mais do que desenvolver um planejamento efetivo, o sucesso de um negócio passa por superar a alta complexidade de executar a estratégia. Nesse contexto, a metodologia OKR pode fazer a diferença.
“A cultura come a estratégia no café da manhã”. A frase criada por Peter Drucker, escritor e teórico considerado o pai da administração moderna, lembra justamente a dificuldade em transformar ideias em realidade e implementar mudança nas organizações.
Em um mundo VUCA - cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo -, os OKRs podem evitar que negócios caiam na armadilha de abandonar o planejamento estratégico. Além disso, é uma excelente ferramenta para incentivar a inovação.
O que é OKR?
Na prática, os OKRs ou Objetivos e Resultados-chave definem objetivos ambiciosos e mensuráveis, associados a resultados-chave específicos e realistas que possibilitam mensurar o progresso em direção aos objetivos.
Em outras palavras, o objetivo representa “o que eu quero realizar”, enquanto os resultados-chave indicam uma forma de medir a sua realização. Normalmente definidos pela liderança, os OKRs devem ser mensuráveis, flexíveis, transparentes e aspiracionais.
A origem da metodologia OKR
Pode-se dizer que Peter Drucker foi o precursor da lógica por trás dos OKRs ao desenvolver, em 1954, o chamado Gerenciamento por Objetivos (MBO). Trata-se de um processo que busca chegar a um acordo sobre os objetivos de uma organização para que administradores e funcionários busquem alcançá-los.
Mas o surgimento da metodologia OKR data da década de 1970. O conceito foi criado por Andrew Grove, ex-CEO da Intel. Na sequência, em 1999, acabou sendo adotado pelo Google e, mais tarde, por grandes empresas como Linkedin, Dropbox, Spotify, Uber e outras.
A ferramenta se popularizou mesmo através de John Doerr, um dos primeiros investidores no Google, em seu livro ‘Avalie o que importa’.
Confira 3 grandes vantagens de utilizar OKRs
- Foco: ajuda a definir prioridades, decidir o que fazer e o que não fazer como organização;
- Alinhamento: proporciona transparência e eficiência para alinhar os colaboradores com a estratégia;
- Agilidade: ciclos mais simples e curtos de metas permitem ajustes mais rápidos e melhor adaptação a mudanças.
Boas práticas de OKR
Como vimos, a estrutura de um OKR é composta por objetivo e resultados-chave. Para ter objetivos bem-definidos, eles devem ser contabilizados, mensuráveis e, de tempos em tempos, revisados para que você possa saber se atingiu o resultado-chave.
Mas também existem algumas regras que precisam ser consideradas na hora de definir bons objetivos para o seu OKR. Confira a seguir:
- Não crie objetivos que dependem de informação de outras equipes, a menos que você tenha concordado compartilhar prioridades.
- Não crie objetivos que envolvam pessoas que ainda não foram contratadas.
- Use a linguagem da sua equipe e que seja inspiradora e qualitativa.
- Seja realista quando for estipular o tempo necessário para atingir seus objetivos.
Já os Key Results são um conjunto de métricas que medem o seu progresso em direção ao objetivo. Os KRs devem ser quantitativos e mensuráveis. Conheça as regras para construir bons resultados-chave:
- Traduzir em números (ou marcos aferíveis) a linguagem inspiradora da equipe.
- Possuir cerca de 3KRs por objetivo. Preferencialmente, os indicadores devem ser de tipos distintos. Por exemplo: um indicador de resultado, um esforço e um de qualidade.
- Cumprindo-os não haverá dúvidas que você atingirá o objetivo.
- KRs precisam ser difíceis porém alcançáveis. Em uma escala de confiabilidade de 0 a 10, escolha KRs com nota 5.
Vale lembrar que os OKRs devem ser flexíveis. Ou seja, você deve adequá-los às suas prioridades. Se estiver confiante em atingir a meta, é possível reajustá-la. Portanto, não esqueça de, a cada mês, avaliar o progresso dos seus OKRs.
Além disso, é importante lembrar:
"Objetivos devem ser sobre a realidade."
- Ruy Flávio de Oliveira, professor FIA Online
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