A série Succession, um drama satírico produzido pela HBO, vem chamando atenção ao longo de suas temporadas não só pelas premiações que angaria, mas também pelas lições que deixa a quem vive o mundo dos negócios.
A trama ficcional acompanha a família Roy, que está à frente de um dos maiores conglomerados de mídia dos Estados Unidos, chamado Waystar Royco. Com a idade avançada e a saúde frágil, o patriarca Logan precisa deixar a presidência da empresa, mas encontra uma série de dificuldades.
Entre os tantos erros cometidos pelos personagens, a série torna-se quase um anti-modelo de sucessão em empresas familiares. A seguir, reunimos algumas lições sobre negócios que podem ser aprendidas com Succession. Confira.
Em um negócio, é comum que chegue a hora em que o fundador deve afastar-se do dia a dia da empresa. Isso acontece por diversos motivos, mas, em especial, porque o criador nem sempre é a pessoa mais indicada para o cargo de CEO.
A paixão pela companhia pode se tornar um obstáculo, fazendo com que o empreendedor não dê a devida atenção a eventos negativos ou não identifique boas oportunidades.
Muitos negócios familiares conquistam o sucesso, mas, para isso, é preciso cautela. Em Succession, Logan envolve toda a família na Waystar Royco, muitos sem qualquer aptidão para o negócio.
Quando existem vínculos afetivos no ambiente de trabalho, chegar a uma resolução para os conflitos do mundo corporativo torna-se ainda mais delicado.
Se optar por envolver a família no negócio, faça com que os membros passem pelo mesmo processo seletivo dos demais funcionários e siga a mesma forma de tratamento utilizada com os colaboradores.
Para lidar com as crises na empresa, Logan convoca reuniões com a alta cúpula da Waystar Royco frequentemente. O diálogo com sócios e colaboradores é essencial, porém, exagerar na frequência pode fazer com que os encontros se tornem banais ou artificiais.
É importante garantir que as reuniões contribuam para a tomada de decisão, com interações genuínas, análises de caso ou situação, brainstorming, etc.
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Na série, Logan muda constantemente de ideia com relação a decisões antes definitivas. A volatilidade na tomada de decisão pode impactar a imagem e a reputação do negócio, prejudicando o relacionamento no mercado com outras corporações.
Quando fundador ou CEO não honra sua palavra, o risco passa a ser associado à imagem da empresa, comprometendo e fragilizando as relações baseadas em confiança. Para empresas com capital aberto, o impacto é ainda maior.
Dívidas secretas e falta de transparência podem dar início a muitos conflitos, como mostra o enredo de Succession. Esse tipo de atitude costuma ocorrer em empresas familiares ou negócios pouco profissionalizados. Evite ao máximo esse tipo de atitude.
Nos negócios da família Roy, espalhar medo e humilhação é prática recorrente. No mundo real, entretanto, a chamada “cultura do medo” ficou no passado.
Hoje, os modelos organizacionais estão cada vez mais horizontais. Com resultados positivos já comprovados, as grandes empresas incentivam a autonomia e a motivação de forma a engajar colaboradores em busca de evolução.
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Um dos filhos de Logan, Kendall Roy enxerga-se como o próximo CEO da empresa, herdando o posto do pai. Em contrapartida, acionistas, colaboradores e parceiros do conglomerado não o veem da mesma forma.
Para um herdeiro ocupar uma posição de alto poder decisório, é preciso conhecer e participar das rotinas da empresa, conquistando seu espaço, aos poucos, de forma autêntica e respeitosa.
Não raro, os personagens de Succession deixam-se levar pelo poder e pelo dinheiro, um erro no qual o bom empreendedor não pode cair. Por isso, é necessário que o empresário tenha princípios claros, bem como a empresa apresente valores consolidados.
É importante ressaltar que o lucro deve visar a perenidade dos negócios, gerando retorno positivo para acionistas, funcionários, clientes e sociedade.
Por fim, ter um plano de sucesso é fundamental para evitar conflitos e incertezas, como as vistas em Succession. Sem um plano, perpetuar um negócio torna-se tarefa ainda mais árdua.
Ou seja, é preciso ter clareza sobre quem são as pessoas estratégicas, com conhecimento de processos, operações e competências para cargos de liderança.
A partir disso, será possível buscar o desenvolvimento delas dentro das áreas, bem como o relacionamento com os stakeholders da companhia, para que a sucessão ocorra com naturalidade e de forma eficiente.
Na era das organizações exponenciais, é preciso estar preparado para ocupar importantes espaços dentro de uma organização, conduzindo estratégias e fortalecendo negócios.
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