Aliar inovação e sustentabilidade tornou-se imperativo para empresas na atualidade. Entenda como esses pilares impactam o futuro das organizações.
A transformação digital, a mudança de comportamento do consumidor e a exploração de novos mercados são apenas alguns dos fatores que vêm contribuindo para a corrida pela inovação nos últimos anos.
Um estudo da McKinsey revela um aumento na preocupação com a sustentabilidade, o meio ambiente, a administração de recursos naturais e geração de impacto positivo no setor de varejo e consumo após o surgimento da covid-19.
Os consumidores estão mais conscientes e isso está cada vez mais explícito em suas escolhas. Segundo a pesquisa Edelman Trust Barometer 2022, 58% compram ou defendem marcas considerando seus valores e crenças. O mesmo acontece a escolha de locais para trabalhar, por exemplo.
Eles também esperam que as organizações sejam mais proativas, assumam seu papel social e atuem no enfrentamento de problemas como a desigualdade econômica, mudanças climáticas, acesso à saúde, entre outros.
Ou seja, cada vez mais empresas devem buscar adaptar seus produtos, processos e modelos de negócios. Nesse sentido, é preciso não só buscar novos caminhos e alternativas, mas, principalmente, associar a inovação à sustentabilidade.
Mais do que criar algo novo, inovar refere-se a implementar uma ideia de forma a gerar valor para o negócio. É justamente no que diz respeito ao impacto que a inovação se conecta à sustentabilidade.
Considerado o “pai da sustentabilidade”, John Elkington criou o modelo de gestão que, atualmente, orienta os investimentos sustentáveis e as políticas de responsabilidade corporativa.
O chamado Triple Bottom Line (TBL), também conhecido como o Tripé da Sustentabilidade, propõe ir além das medidas de lucros na gestão e considera as dimensões ambientais e sociais. Dessa forma, baseia-se em 3 Ps: People, Planet e Profit (pessoas, planeta e lucro).
Esse modelo incentiva as empresas a reconhecerem os impactos negativos de suas atividades e a voltarem seus esforços a ações que repercutam positivamente sob os aspectos econômico, social e ambiental.
O livro ‘Organizações inovadoras sustentáveis’, organizado por José Carlos Barbieri, descreve o que é inovar considerando as três dimensões da sustentabilidade:
Assim, a inovação sustentável pode ser descrita como a capacidade de uma organização em introduzir produtos, processos, métodos de gestão novos ou aprimorados. Mas não só isso, é necessário que essa mudança gere benefícios econômicos, sociais e ambientais.
O modelo de inovação sustentável surge como uma resposta às pressões vindas de diferentes stakeholders para que as empresas inovem e melhorem seus resultados financeiros, com responsabilidade social e ambiental.
Um dos maiores desafios das empresas que adotam esse modelo está em equilibrar os ganhos para o meio ambiente – reduzindo a emissão de poluentes – ao mesmo tempo em que lida com o aumento da produção.
Como estratégia, a inovação sustentável oferece benefícios significativos para as empresas e para a sociedade. Veja alguns deles:
Promover ações sustentáveis pode contribuir para conectar comunidade e empresa. Organizações que se dedicam a causas são capazes de atrair e engajar mais fortemente consumidores que se identificam com o tema em questão.
Além de estimular o relacionamento, a preocupação com causas ambientes e sociais também colabora para uma boa reputação e para o destaque da empresa no mercado.
Adotar a inovação sustentável traz como diferencial o aumento da vantagem competitiva, o que significa para uma organização reduzir custos e obter desempenho acima da média do mercado e de suas concorrentes.
Outro benefício está no crescimento do potencial de atração de investimentos. Nos últimos anos, cada vez mais investidores tem olhado para os relatórios que comprovem iniciativas sustentáveis antes da tomada de decisão.
Por conta de questões como as levantadas acima, o modelo de inovação sustentável vem ganhando espaço rapidamente como a nova lógica de produção de empresas líderes. E para se manter relevante no mercado, estar preparado para lidar com os desafios como este é fundamental.
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