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Futuro do trabalho: as 10 principais apostas para 2023

Escrito por FIA ONLINE | 10 de Fevereiro de 2023

A aceleração digital, assim como as transformações na sociedade de forma geral, vem impactando fortemente a construção do futuro do trabalho.

 

 

O desenvolvimento tecnológico e científico, as mudanças de comportamento, a busca por flexibilidade e o surgimento de novas profissões são alguns fatores de influência no mercado e nas carreiras.

 

Recentemente, a Forbes listou as principais tendências que devem moldar o mundo do trabalho em 2023. Aqui, selecionamos 10 apostas de destaque.

 

Será que você já consegue identificar algumas delas no seu cotidiano?

 

1. Carreira não é mais linear

 

A ideia de um plano de carreira longo, com passos definidos para alcançar uma posição desejada e, geralmente, conduzido pela empresa, já não faz mais sentido para muitos profissionais. Cada vez mais, empresas compreendem e valorizam quem opta por uma carreira não linear.

 

Na hora de contratar, os empregadores estão mais interessados em identificar habilidades como criatividade, inovação e resolução de problemas do que na linearidade da carreira do candidato.

 

Assim, esperam por narrativas de experiências, propósito, sucesso e fracasso. Para além do trabalho, atividades extras, como voluntariado, contribuem para o desenvolvimento de soft skills e são bem-vistas no currículo.

 

2. A relação entre tecnologia e habilidades humanas

 

Ao contrário do que muitos previam, a adoção de novas tecnologias não deve substituir a força de trabalho, mas sim aumentá-la. Isso acontece porque, ao aumentar o uso de máquinas, cresce também a necessidade e a importância de habilidades humanas.

 

São alguns exemplos a comunicação, a escuta, a resolução de problemas, a interpretação e a gestão de projetos. Enquanto as máquinas assumem tarefas rotineiras, a tendência é que os papéis desempenhados por cada profissão sejam revistos, de forma a combinar o melhor da tecnologia com atuação humana.

 

Nesse sentido, as organizações devem estar preparadas não só para repensar modelos de trabalho, mas, principalmente, para capacitar pessoas para assumir essas novas funções.

 

3. Falta de profissionais pode barrar o crescimento de empresas

 

Ainda que algumas das principais empresas de tecnologia tenham realizado demissões em massa recentemente, tudo indica que o mercado deve absorver com certa rapidez os profissionais dispensados.

 

A área de tecnologia é uma das que mais sofrem com a escassez de mão de obra, especialmente em ramos que requerem habilidades específicas.

 

Conforme estudo da consultoria Deloitte, este será um dos principais desafios das organizações no futuro do trabalho. Sem mão-de-obra qualificada, não há perspectiva de crescimento para as empresas.

 

4. A chave para a atração de talentos

 

Manter a qualidade de vida tornou-se fator decisivo para 51% dos profissionais entrevistados na hora de decidir sobre um novo emprego. O dado pertence a uma pesquisa do Google.

 

Logo em seguida, no segundo lugar aparece o plano de carreira, com 49% das indicações, e, em terceiro, o pacote de remuneração e benefícios, com 38%.

 

Ainda de acordo com o levantamento, 36% dos profissionais afirmam que têm mais chances de aceitar uma proposta de emprego quando o regime de trabalho da empresa está alinhado às suas escolhas.

 

Os cuidados com a saúde, a flexibilidade de horários e de local de trabalho, e o apoio da empresa para equilibrar vida pessoal e trabalho são cada vez mais valorizados pelos funcionários.

 

Dessa forma, os benefícios terão papel-chave na atração e retenção de talentos.

 

5. A era das equipes multigeracionais

 

2023 deve ser também um ano de impulso para a diversidade nas organizações. Entre os públicos-alvo das ações de inclusão, estão profissionais mais maduros.

 

Um relatório da consultoria Ernst & Young, em parceria com a plataforma Maturi, aponta que pessoas com mais de 50 anos já representam 26% da população. Até 2040, a estimativa é que 57% da força de trabalho no país tenha mais de 45 anos.

 

Será a pela primeira vez que profissionais de quatro gerações irão interagir no mercado de trabalho.

 

6. Monitoramento de funcionários levanta debate

 

Com a expansão do modelo de trabalho remoto e o avanço das tecnologias, o uso de softwares de rastreamento para monitorar as atividades dos funcionários vem crescendo com rapidez. No entanto, ainda existem restrições quanto a essa prática, por questões legais, éticas e morais.

 

Além disso, um estudo publicado pela Harvard Business Review aponta que profissionais sob monitoramento são mais suscetíveis a desobedecer a normas, fazer pausas ou diminuir o ritmo de trabalho propositalmente.

 

Já um relatório do LinkedIn projeta que, em 2023, as empresas irão perceber que a vigilância pode tornar as relações de trabalho piores.

 

7. A propagação do metaverso

 

Se você pensa que já leu e ouviu bastante sobre o metaverso no último ano, prepare-se porque mais novidades estão por vir, com capacidade de influenciar os ambientes de trabalho e torná-los mais imersivos.

 

Plataformas e recursos de trabalho colaborativo estão em desenvolvimento por grandes empresas como Meta, Microsoft e Zoom. Com isso, estimam-se que elementos do metaverso – como avatares e ambientes multifuncionais - invadam cada vez mais os espaços de trabalho.

 

8. Lideranças de RH aproximam-se do C-Level

 

Cargos em recursos humanos estão cada vez menos associados à área administrativa. A demanda por profissionais experientes em recrutamento nos conselhos e a ampliação das atribuições do cargo para estratégia, sustentabilidade e ESG vêm aproximando líderes de RH do C-level.

 

Nesse cenário, mais diretores de RH estão assumindo responsabilidades junto à alta liderança das empresas.

 

9. CEOs precisarão se posicionar

 

Questões sociais e ambientais são, muitas vezes, fontes de polêmicas e os CEOs não podem mais eximir-se de abordar esses assuntos.

 

Quando consideram uma vaga de emprego, 60% dos empregados desejam que os CEOs posicionem-se sobre assuntos controversos com os quais eles se importam, segundo pesquisa da Korn Ferry.

 

Entre os entrevistados, 80% esperam que os CEOs participem de discussões sobre políticas públicas e evidenciem como o trabalho de sua empresa beneficia a sociedade.

 

10. Crescem as comunidades corporativas

 

A criação de comunidades corporativas é uma estratégia em alta, que contribui para a troca de conhecimento e agrega valor ao trabalho dos colaboradores. Também pode se tornar uma forma de estimular o engajamento e, assim, reter talentos.

 

É o caso dos grupos de afinidade, por exemplo. São pequenas equipes que se reúnem periodicamente e mantêm rituais próprios de uma comunidade. Essa pode ser uma iniciativa de lideranças para que os funcionários possam se identificar, sentirem-se parte e se desenvolverem.

 

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